Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isto significa que eles reproduzem-se somente pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular...

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Há 37.540 casos de SIDA detectados em Portugal.







Portugal registou 37 540 casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) nas suas diferentes formas, até 28 de Fevereiro, desde que foi declarado o primeiro caso, em 1983, de uma doença que, a nível nacional, afecta mais os homens.

Segundo o coordenador nacional para o VIH/SIDA, Henrique Barros, até ao final do mês passado foram declarados 15 775 casos, 3706 de infecção com algum sintoma e 18 059 casos de infecção em pessoas ainda sem sintomas na altura do teste.

Medidas para combater o HIV nos países lusófonos vão ser debatidas no III Congresso sobre SIDA, organizado pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entre quarta e sexta feira, em Lisboa.

Ao contrário de outros países, nomeadamente do continente africano, em Portugal está é "uma doença dos homens" e já não existe praticamente transmissão de mãe para filho, nem por transfusão sanguínea, frisou o responsável pela coordenação nacional.

"Pode haver um ou outro caso, mas normalmente são importados. As mães infectadas, quando têm as suas crianças, já não transmitem aos filhos, o que é completamente diferente do resto do mundo", disse.

De acordo com o especialista, "no mundo, por dia, nascem mil crianças infectadas".

Em declarações à Lusa, Henriques Barros notou também que diminuíram muito as infecções relacionadas com a utilização de drogas, facto associado à campanha de troca de seringas e por "cada vez menos pessoas se injectarem".

"A SIDA em Portugal tem diminuído brutalmente. Hoje em dia é aproximadamente metade dos casos que se diagnosticavam no ano 2000", referiu.

"Isto não quer dizer que a infecção não continue a existir. Quer dizer que temos uma boa resposta em termos de tratamento e uma resposta bastante boa em termos de diagnóstico", frisou.

O objectivo é conseguir inverter o percurso da transmissão: "Se detectarmos a infecção ou garantirmos que as pessoas usam preservativo e não partilham seringas o problema da infecção fica resolvido", sublinha.

O problema não é, no entanto, de fácil resolução, já que "todos os dias há pessoas que iniciam a sua vida sexual e o consumo de drogas", sublinhou, referindo que "é um trabalho que não tem fim".

Henrique Barros reconheceu que a resposta hospitalar em termos de acompanhamento psicológico "pode ser melhorada", mas considerou tratar-se de um problema global do sistema de saúde.

"Não precisam de psicólogos só as pessoas com VIH, precisam as pessoas que têm cancro, as pessoas a quem morre um filho, as pessoas que descobrem que têm uma doença crónica, seja ela qual for, precisam as pessoas que têm sofrimento e problemas de saúde mental", indicou.

Em Portugal, a SIDA continua a ser "uma doença dos homens", observou Henrique Barros. "Tem muito peso as infecções transmitidas por injecção de drogas e as infecções nos homens que têm sexo com homens", sustentou.

"Nos casos de SIDA diagnosticados até hoje, há 12 800 homens para 2900 mulheres", explicou.

Nas faixas etárias compreendidas entre os 25 e os 44 anos, a relação é de cinco homens para cada mulher.

Para o coordenador nacional, estes dados não significam que "não haja preocupação com a prevenção nas mulheres".

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