Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isto significa que eles reproduzem-se somente pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular...

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PCP-Bernardino Soares

Bernardino Soares.

















33 anos.


Jurista.
Presidente do Grupo Parlamentar do PCP.
Membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Secretário da Comissão Parlamentar de Saúde
Membro da Comissão Parlamentar de Ética

Caros amigos Respondo com gosto às vossas perguntas, embora de forma sintética.


1-Acha que a Gripe A foi sobrevalorizada pela sociedade e mais concretamente pelos méis de comunicação social? De facto considero que a forma alarmista e exagerada como muitas vezes foram apresentadas as questões da Gripe A ultrapassou em muito as necessidades de informação da população.

2- O que pensa acerca da proposta de vacinação da população contra a Gripe A? Independente do que pensemos sobre a dimensão da epidemia, a verdade é que o vírus existe mesmo e se propaga mais facilmente do que o vírus sazonal da gripe, embora até agora tenha tido características razoavelmente benignas. A vacinação pode por isso ter sido útil, e até terá tido um efeito na contenção da propagação da doença.

3- Pensa que a grande importância dada à Gripe A foi também causado por interesses de certos grupos económicos? É evidente que um clima de alarmismo em relação à gripe A favoreceu e certamente foi em parte induzido pelos interesses económicos da área do medicamento. O panorama mundial da fabricação de medicamentos está hoje praticamente na totalidade nas mãos das multinacionais da indústria farmacêutica, que detém um poder enorme e influência governos e instituições internacionais.Há hoje sérias críticas em relação à actuação da OMS, que aliás vai ser avaliada.Provavelmente se não fosse o ambiente criado não se teriam vendido tantas vacinas. Mas também não saberemos que efeitos teria isso na saúde das populações a nível mundial.

4- Acha que esta doença abafou de certa forma outras doenças muito mais nefastas que a Gripe A?É inquestionável que existem outras e muito mais graves doenças que não têm merecido a mesma atenção nem empenho dos governos e indústria farmacêutica, provavelmente por não resultarem num lucro tão grande e tão rápido como a venda da vacina para a Gripe A. Aliás a gripe sazonal mata anualmente em Portugal entre 1500 e 2000 pessoas e não costuma ter esta atenção. Poderíamos falara também de doenças predominantemente implantadas em África, como a malária, para as quais o investimento é mínimo. A solução para esta situação passa pelo desenvolvimento pelos Estados de capacidade própria, nos seus serviços públicos de saúde, para investigarem e desenvolverem novos medicamentos, bem como para os fabricarem, retirando esse monopólio à poderosa indústria farmacêutica.

5- No final de toda esta tempestade alguma coisa mudou no nosso quotidiano? Por um lado podem ter-se introduzido alguns hábitos melhorados de higiene, quer entre os profissionais de saúde, quer entre a população em geral. Mas as dúvidas em relação ao real impacto da epidemia podem levar a que, em futuras situações de perigo real, a população e mesmo os serviços de saúde desvalorizem a situação. é a velha história de "Pedro e o lobo". Veremos também que atenção se vai dar a partir de agora à gripe sazonal que é um problema importante e que existe todos os anos. Espero ter sido útil.

Cumprimentos
Bernardino Soares

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