Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isto significa que eles reproduzem-se somente pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular...

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma doença nova por ano

Todos os anos surge uma nova doença no mundo, que pode ter a capacidade de se transmitir rapidamente e infectar milhões de pessoas. "A vulnerabilidade é universal", reconheceu ontem a directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, apelando a uma maior cooperação internacional para fazer face às ameaças do séc. XXI. "Melhor segurança exige solidariedade global."

Desde 1967, pelo menos 39 novas patologias foram identificadas, incluindo a sida, a pneumonia atípica (SARS) ou o vírus ébola e, nos últimos cinco anos, foram detectados mais de 1100 surtos epidémicos no mundo, refere o relatório de 2007 da OMS.

Ao mesmo tempo, doenças que a humanidade conhece há mais de um século, como a malária ou a tuberculose, continuam a ser uma ameaça, quer seja devido às mutações que sofreram, à resistência aos medicamentos ou a sistemas de saúde vulneráveis. Outras, como a cólera ou a febre amarela regressaram com novas forças no último quarto do século XX.

"A situação das doenças está tudo menos estável", refere Chan, acrescentando que as "defesas tradicionais nas fronteiras nacionais não conseguem proteger contra a invasão de uma doença". Com mais de quatro mil milhões de passageiros transportados anualmente pelas companhias aéreas, uma doença pode passar de um país para outro numa questão de horas.

A OMS apela por isso à implementação por parte de todos os países dos regulamentos internacionais de saúde (IHR, na sigla em inglês) que foram revistos em 2005 e entraram em vigor em Junho deste ano. O perigo do aparecimento de novas doenças é universal: "Nenhum país, rico ou pobre, está totalmente protegido da chegada de uma nova doença no seu território ou das suas consequências."

O IHR prevê formas de defesa colectiva contra surtos epidémicos, mas também outras questões que põe em causa a saúde das populações, como doenças de origem alimentar, desastres naturais, incidentes radioactivos ou químicos - acidentais e deliberados - ou poluição industrial.

Na actual sociedade de informação, a OMS lembra também que "esconder um surto de doença já não é uma opção viável para os Governos", que o faziam para evitar prejuízos económicos. A organização tem agora autoridade para emitir notificações baseadas em fontes não oficiais.

"As novas palavras de ordem são diplomacia, cooperação, transparência e preparação", disse Chan. Assim, a OMS apela à cooperação global na vigilância, no alerta e na resposta às epidemias; à partilha do conhecimento, tecnologias e materiais; e ao destacamento de mais fundos para treinar pessoal de saúde e dotar os países de maior capacidade laboratorial.

O relatório analisa as três novas ameaças do século XXI: a pneumonia atípica, o bioterrorismo e os lixos tóxicos.Mas o cenário mais temido pelos especialistas é uma pandemia de gripe - mais grave se em causa estiver o vírus da gripe das aves H5N1.

"Seria extremamente ingénuo e complacente assumir que não vai haver outra doença como a sida, outro ébola ou outra pneumonia atípica, mais cedo ou mais tarde", conclui o relatório "Um futuro mais seguro."

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