Caros Alunos da Escola Secundária de São Pedro do Sul,
Peço-vos desculpa pela demora na resposta mas os trabalhos parlamentares têm sido muito exigentes e não queria deixar de responder com o cuidado que merecem.
Quanto às vossas questões:
1- Acha que a Gripe A foi sobrevalorizada pela sociedade e mais concretamente pelos méis de comunicação social?
Acho que é difícil perceber se a verificação de um impacto menor que o estimado inicialmente se deve à menor perigosidade da doença em si, ou também à intervenção das autoridades de forma coordenada por todo o mundo.
Julgo ter sido relevante percebermos que hoje , ao mesmo tempo que há grande globalização, também há alguma capacidade de reacção coordenada pelas autoridades dos vários países.
Finalmente, acho que nem a sociedade nem os meios de comunicação exageraram. Ambos reagiram perante as informações e sugestões dadas pelas autoridades de saúde e por peritos. Ainda que estes últimos tenham valorizado, não me parece que os primeiros o tenham feito.. Só estavam a reagir segundo vozes mais autorizadas.
2- O que pensa acerca da proposta de vacinação da população contra a Gripe A?
Parece-me que o Governo não fez tão bem como devia. Acho que poderia ter feito melhor nas encomendas e na definição do plano de vacinação que no início me pareceu mal concebido e com uma definição de prioridades não adequada.
3- Pensa que a grande importância dada à Gripe A foi também causado por interesses de certos grupos económicos?
Julgo que foram sobretudo as autoridades que contribuíram para a percepção Os grupos económicos com interesses na área dos medicamentos poderão ter pressionado de alguma medida, mas não estou em posição de o observar.
4- Acha que esta doença abafou de certa forma outras doenças muito mais nefastas que a Gripe A?
A atenção mediática é escassa e claro que as pessoas se viraram mais para esta doença particular. Assim houve menos espaço disponível para outras doenças.
Por outro lado aumentou a consciência dos cidadãos para os cuidados de saúde, os comportamentos preventivos e os riscos de transmissão e contágio. Ora essa consciencialização pode ajudar no combate a outras doenças.
5- No final de toda esta tempestade alguma coisa mudou no nosso quotidiano?
Exactamente aquilo que acabei de escrever. Aumentou a consciencialização das pessoas para os riscos das doenças e das formas de contágio; para cuidados preventivos…
Espero que a resposta tenha sido útil!
Fico À vossa disposição,
António Leitão Amaro
Deputado | Member of Parliament
Grupo Parlamentar do PSD
Sem comentários:
Enviar um comentário