Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isto significa que eles reproduzem-se somente pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular...

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PS-Maria Helena Rebelo



1-Acha que a Gripe A foi sobrevalorizada pela sociedade e mais concretamente pelos meios de comunicação social? Na generalidade penso que não foi sobrevalorizada, podendo num ou noutro caso pontual, ter sido excessivamente dramatizada. Atempadamente foram tomadas as medidas aconselhadas pelas organizações de saúde internacionais. Participei na organização e abertura de um SAG (Serviço de Atendimento da Gripe). Num curto espaço de tempo, colocou-se em funcionamento um serviço com caracteristicas muito especificas, tendo por base as Orientações Técnicas da Direcção Geral da Saúde. Definiram-se circuitos, normalizaram-se procedimentos, realizou-se formação neste âmbito. Foram elaborados e aferidos Planos de Contingência, nos serviços e nas empresas. Orientações especificas para empresas de transportes e do sector alimentar foram emanadas pela Direcção Geral da Saúde. Todas estas medidas contribuiram certamente para o controle da pandemia, evitando-se assim, que tomasse proporções mais dramáticas.


2-O que pensa acerca da proposta de vacinação da população contra a Gripe A? Penso que foi feita a gestão adequada, tendo em conta alguns condicionantes, como a quantidade de vacina disponível no mercado e a sua apresentação (multidose). Estes factores obrigaram a uma gestão criteriosa, quer na definição de grupos alvo por ordem de prioridades, quer posteriormente na sua administração.


3-Pensa que a grande importância dada à Gripe A foi também causado por interesses de certos grupos económicos? Dadas as caracteristicas empresariais que envolvem a industria farmacêutica é natural que o seu objectivo seja a obtenção de lucro, no entanto as decisões tomadas pelas autoridades competentes, não foram certamente baseadas neste factor. A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e o

Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) -EUA, são organizações que merecem toda a credibilidade.

4-Acha que esta doença abafou de certa forma outras doenças muito mais nefastas que a Gripe A? Não considero que pelo facto de os meios de comunicação social darem mais relevância a esta doença tenha "abafado" outras mais nefastas, porque as medidas em curso para prevenção e controle de outras doenças, continua a fazer-se pelos serviços de saúde, independentemente do que é noticiado. Ou seja, não foram esquecidas as outras doenças, pelo facto de a comunicação social não as mencionar. A vacinação contra a gripe sazonal e medidas de prevenção continuaram a fazer-se como habitualmente. A vacinação contra as infecções por Vírus do Papiloma Humano e medidas de prevenção continuam a ser efectuadas, a divulgação das medidas de prevenção do HIV - Sida continua a fazer-se, etc. Em suma, o facto de ter surgido uma nova doença, não significa que as outras sejam esquecidas ou relegadas para segundo plano.

5-No final de toda esta questão pensa que alguma coisa mudou no nosso quotidiano? Sem dúvida que esta situação teve repercussões no nosso quotidiano. As medidas de higiene pessoais, dos serviços e equipamentos foram reforçadas. Foi realizada muita formação nesta área, houve uma grande divulgação das medidas de controle e prevenção da doença, que levaram a uma reflexão e consciencialização da sociedade, da importância destas medidas, mesmo no convívio social.

Na minha perspectiva, também é relevante o know how, que organismos, serviços e empresas adquiriram.




Com os meus cumprimentos.



Ao dispôr,


Maria Helena Rebelo

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