Olá Meninos da Escola de S. Pedro do Sul!Agradeço o vosso convite para exprimir opinião sobre as questões relacionadas com a Gripe A.
Tive todo o gosto e participar e espero ajudar no vosso trabalho.
ESCOLA SECUNDÁRIA DE S. PEDRO DO SUL
“www.virologiaemdemasia.blogspot.com”
GRIPE A
1- Acha que a Gripe A foi sobrevalorizada pela sociedade e mais concretamente pelos meios de comunicação social?A sociedade em geral não sobrevalorizou a Gripe A. Recebeu a informação que lhe foi prestada pelos órgãos do Ministério da Saúde, esteve atenta à opinião dos operadores da saúde, nomeadamente dos médicos, e decidiu de acordo com os seus maiores ou menores receios.
Entendo que o povo português revelou uma maturidade elevada a tratar este assunto que se apresentava como muito grave.
2- O que pensa acerca da proposta de vacinação da população contra a Gripe A?Em relação à comunicação social, creio que já estamos todos habituados a que a mesma dê maior destaque às notícias que possam vender melhor. E este assunto, por implicar um valor essencial – a saúde – era irresistível para a comunicação social.
Eu penso que as autoridades sanitárias deviam encarar esta gripe como outra qualquer. Isto implicaria dar uma atenção especial às pessoas particularmente sensíveis que sofressem de patologias que pudessem agravar uma situação gripal. Relativamente às restantes pessoas, tomar-se-iam os cuidados normais com as terapêuticas adequadas.
A vacina da Gripe A careceu de um período de estudo, ensaio e experimentação. Ainda hoje não sabemos quais os efeitos secundários, e eventualmente adversos, provocados pela vacina.
3- Pensa que a grande importância dada à Gripe A foi também causado por interesses de certos grupos económicos?Na sequência da minha resposta à pergunta anterior, é claro que sim. Aliás, já se encontram contabilizados os lucros nacionais e internacionais obtidos pela indústria farmacêutica com a comercialização da vacina da Gripe A.
4- Acha que esta doença abafou de certa forma outras doenças muito mais nefastas que a Gripe A?Não creio. O período da “regência” desta estirpe gripal prolongou-se por pouco tempo o que, não permitiu uma distracção da comunidade em relação a outras doenças gravíssimas e que matam a toda a hora como é o caso das doenças cardiovasculares, oncológicas, a diabetes, etc.
O que é certo é que foram desviadas para a Gripe A verbas essenciais no combate à prevenção de doenças como as que referi.
5- No final de toda esta questão pensa que alguma coisa mudou no nosso quotidiano?Ora aí está o lado positivo desta questão. As campanhas de sensibilização, prevenção e combate da Gripe A, levadas a cabo pelo Ministério da Saúde e pelas instituições e organizações não governamentais, incutiram nas pessoas hábitos de higiene e cuidados essenciais no nosso dia-a-dia que são importantes na prevenção de variadas doenças. São hábitos que mantemos como uma rotina.
A.R. 27.01.2010.
A Deputada,
Maria Teresa Fernandes
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