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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fibromialgia.


A Fibromialgia é uma síndrome de dor músculo esquelética crônica e difusa, de causa desconhe-cida, associada a presença de sensibilidade aumentada em determinados sítios dolorosos, chamados de “ TENDER POINTS”.
Acompanha-se de sono não restaurador, fadiga, rigidez matinal e menos frequentemente de cefaleias, parestesias de mãos, depressão, ansiedade, síndrome de intestino irritável, tonturas, tensão pré menstrual, urgência miccional, dispepsia.
Ao exame físico os pacientes tem poucos achados, apresentando bom estado geral, sem sinais inflamatórios e com músculos normais.
A Fibromialgia é uma doença comum, perdendo somente para a artrose como causa de dor músculo esquelética cronica. E responsável por 10% dos atendimentos em ambulatórios de clinica geral e mais freqüente nas mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos de idade. Pode associar-se a outras doenças reumáticas como Artrite Reumatóide, Síndrome de Sjogren, Lupus Eritematoso Sistémico.
O diagnostico é feito pela presença de pelo menos onze de dezoito Tender Points pré-estabe-lecidos, conforme ilustrado na figura.
Não existem exames laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar Fibromialgia, porém estes exames são úteis para descartar outras doenças.
Devemos diferenciar Fibromialgia de outras doenças como Síndrome Miofascial, Reumatismos Extrarticulares, Polimialgia Reumática, Miosites, Miopatias Endócrinas, Neoplasias e Síndromes Paraneoplasicas, Doença de Parkinson, efeitos tóxicos em músculos por drogas como corticóides, estatinas, fibratos, cimetidina.
A diferenciação principal e com a Síndrome Miofascial que é caracterizada por uma dor muscu-lar regional com uma área localizada central chamada “TRIGGER POINT“, a partir da qual pode reproduzir-se a dor com irradiação, através de digito pressão firme.
A causa da Fibromialgia é desconhecida, porém acredita-se que exista uma alteração na modulação da dor a nível do Sistema Nervoso Central.
Existem níveis elevados da substancia P, e níveis reduzidos de serotonina e triptofano.
Recentemente fala-se da possível ação desencadeante da Fibromialgia de viroses, especialmente o Vírus da Hepatite C e o Vírus Epsten Barr.
O tratamento da Fibromialgia tem como objectivo, aliviar a dor melhorar a qualidade do sono e melhorar as condições físicas do paciente.
Para isso, é fundamental educar e informar o paciente sobre a sua doença.
O tratamento farmacológico é feito com antidepressivos tricíclicos como Amitriptilina, Nortrtriptilina, em doses baixas, administradas duas horas antes de dormir à noite, podem ser usados também Ciclobenzaprina e Tizanidina.
O lugar dos Benzodiazepinicos é controverso pois podem alterar o sono profundo, analgésicos como Dipirona e Paracetamol são úteis podendo associar-se Tranadol em casos mais rebeldes, os anti-inflamatórios e os corticóides não estão indicados na Fibromialgia.
O condicionamento físico aeróbico é talvez a medida terapêutica mais importante, porem com resultados a médio e longo prazo. Deve ser bem planejado para que haja boa tolerabilidade e aceitação pelo paciente.
Acupuntura e Hipnoterapia são complementos úteis, e nos pacientes com quadros depressivos e somatiformes, a psicoterapia também auxilia.
O prognostico da Fibromialgia depende do tempo de doença antes de começar o tratamento, da concomitância com outras doenças, e da capa-cidade do médico de engajar ativamente o paciente no seu próprio tratamento.

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