Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isto significa que eles reproduzem-se somente pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular...

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Pneumonia Viral.

Os principais vírus que podem causar pneumonia em adultos são: influenza (principal), parainfluenza e adenovírus (e atualmente o coronavírus da SARS). Esses vírus têm um tropismo para a célula do epitélio respiratório, replicando em seu interior para depois eliminar a sua prole, que irá infectar novas células. O vírus está presente em grande quantidade nas secreções respiratórias (conforme demonstrado pela cultura viral), sendo transmitido para os contactantes através da tosse, fala ou espirro. O período de incubação é pequeno (1-3 dias), justificando o fato de várias pessoas contactantes adoecerem praticamente ao mesmo tempo. A exceção é para o vírus SARS da pneumonia asiática, no qual o PI varia entre 2-10 dias. O adenovírus e os tipos 1,2 e 3 do vírus parainfluenza são importantes causas de rinite, bronquite, faringite e laringite ('crupe') em crianças, mas eventualmente podem infectar os adultos. A pneumonia é um evento raro, seguindo geralmente um curso brando de uma pneumonia 'atípica', com sintomas durando 3-5 dias.

A influenza ou "gripe" é uma das infecções mais comuns da humanidade, afetando milhões de pessoas diariamente em todo o Mundo. Os tipos A e B são os mais importantes. A síndrome clássica manifesta-se abruptamente com febre 38-39°C (pode chegar a 40°C), calafrios, mialgia, cefaléia e mal-estar. Os sintomas respiratórios altos (dor de garganta, coriza, tosse) são frequentes, mas geralmente passam a ser mais notados após o 2°/3° dia quando a febre e os outros sintomas constitucionais começam a melhorar. O quadro resolve-se após 3/5 dias, mas um cansaço ou mal-estar pode perdurar por até mais 1 semana. A pneumonia que se segue à infecção pelo vírus influenza pode estar enquadrada em um dos 4 tipos: (1) pneumonia viral localizada, na verdade um quadro idêntico ao da influenza não-complicada. mas com um discreto infiltrado pulmonar (uma clássica pneumonia 'atípica': (2) pneumonia bacteriana secundária; (3) pneumonia viral primária; (4) pneumonia viral-bacteriana mista.

A pneumonia bacteriana secundária é mais comum em idosos ou em pneumopatas e cardiopatas crónicos, devendo ser suspeitada quando os sintomas gripais tiveram uma melhora considerável após 3-5 dias e, depois de poucos dias, o paciente volta a piorar, desta vez com febre alta, calafrios, tosse com expectoração purulenta e importante queda do estado geral (pneumoniabacteriana 'típica'). Abactéria mais incriminada é o Streptococcus pneumoniae (50% dos casos), seguida pelo Staphylococcus aureus (20% dos casos) e depois pelo Haemophilus influenzae. A infecção viral predispõe à pneumonia por estes agentes por lesar o epitélio ciliado da árvore tráqueo-brônquica. A pneumonia viral primária é a forma mais grave (e felizmente mais rara) de complicação do vírus influenza. Trata-se de uma doença rapidamente progressiva, que evolui com infiltrado pulmonar difuso, leucocitose com desvio para esquerda, hipoxemia e S.AR.A. Não há resposta aos antibióticos e a letalidade é alta. No histopatológico, encontramos os alvéolos ocupados por hemorragia, um infiltrado mononuclear, com poucos neutrófilos, e membrana hialina. Apneumonia viral-bacteriana mista é um quadro mais brando, comum e de prognóstico muito melhor, uma vez que a resposta aos antibioticoterápicos costuma ser boa.

O diagnóstico pode ser confirmado pela viragem sorológica (aumento 4 vezes em 15/21 dias), no período de convalescença, entretanto, um diagnóstico mais rápido e preciso pode ser feito com a cultura viral. No caso do vírus influenza, tanto escarro como a secreção nasal, o swab nasal ou da nasofaringe, podem servir como fonte. O material é inoculado em tecido vivo ("células de rim de macaco") e o resultado fica pronto em 3/7 dias, mostrando os efeitos citopáticos do vírus, quando positivo. O tratamento antiviral só está indicado nos casos graves de Pneumonia viral primária. A droga de escolha é a amantadina.

1 comentário:

  1. Juliana Barbosa Pinto Silva de Prates Vanconcelos23 de abril de 2012 às 14:54

    E o modo de previnir???

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